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Carga horária excessiva tem elevado o estresse de profissionais, diz pesquisa
Tal problema é tão comum, que já passou a ser considerado uma realidade nas empresas.
Os executivos brasileiros têm se sentido mais cansados e estressados com a atual jornada de trabalho, que por vezes não apenas ultrapassa as tradicionais oito horas diárias, mas também se estende fora do dia a dia da empresa.
De acordo com um recente levantamento da consultoria Asap, por exemplo, dos 1.090 profissionais entrevistados, 67% deles declararam ter a vida pessoal afetada pelo trabalho, por conta de uma carga horária excessiva, sendo vítimas de cansaço e estresse constantes. Já outros 54% demonstraram não ter tanto tempo para dedicar à família, por causa do trabalho.
Horário problema
Tal problema é tão comum, que já passou a ser considerado uma realidade nas empresas. Para se ter uma ideia, segundo a própria Asap, a média de trabalho informada por 57% dos executivos entrevistados é de oito a dez horas por dia.
“O aumento de carga horária é ocasionado na maioria dos casos (48%) por uma promoção ou pelo aumento de responsabilidades no trabalho (19%)”, detalha o estudo.
Ainda de acordo com a pesquisa, aqueles que informaram estar trabalhando mais porque a empresa em que atuam precisou enxugar custos relativos à mão de obra corresponderam a apenas 14%.
Férias? Que nada!
A situação é tão grave que nem sequer em casa ou nas férias os profissionais podem desfrutar do descanso. Com os avanços tecnológicos, os celulares, tablets e e-mails corporativos começaram a invadir também outros espaços, como a casa dos executivos.
“Cerca de 78% dos funcionários são acionados fora do expediente para tratar de assuntos relacionados ao trabalho e 52% costumam responder e-mails durante as férias”, detalha o estudo.
A soma das tarefas corporativas feitas em casa totalizariam cerca de três horas extras semanais, segundo 60% dos profissionais entrevistados, e de três a seis horas, para 29% deles. Os que trabalham de casa até dez horas representarim apenas 7% do total.
O sentimento
Mas será que, mesmo trabalhando de casa e nas férias, os profissionais vestem a camisa das empresas na qual atuam? De acordo com a pesquisa realizada pela Asap, tudo depende do salário a ser pago pelo empregador e das perspectivas profissionais oferecidas aos contratados.
Ao que parece, 41% dos executivos entrevistados trocariam de empresa, se recebessem uma proposta para ganhar mais em uma outra organização com melhores perspectivas de trabalho. Isso ocorreria mesmo se precisassem trabalhar mais. Já os que se dizem satisfeitos com seus empregos, bem como com as perspectivas oferecidas pela empresa no momento, somam apenas 22%.